Em vários momentos da vida dependemos de alguém, seja em casa, na escola ou até mesmo no trabalho. Partilhar é algo importante, mas que muitos não dão valor.
Quando nascemos, somos frágeis e imaturos, não podemos comer sólidos ou até ingerir água. Ou seja, se você chegou até aqui, foi porque alguém manteve você vivo. Há momentos em que pensamos que somos autossuficientes para tudo. Pode até ser verdade, até um ponto, se olharmos para o lado de termos capacidade para correr atrás dos nossos sonhos, todavia, em algum momento você já dependeu ou dependerá de outra pessoa.
É comum aprendermos na escola primária a compartilhar nossas coisas com os colegas, seja uma borracha, apontador ou brinquedos, e isso é importante, pois inicia o processo de reciprocidade, cooperação e empatia. É uma pena que, na juventude e na fase adulta, esses princípios sejam desvalorizados por muitos.
Algo que ouvi uma vez foi a frase: “é dando que se recebe”. Na época, não entendi muito, mas hoje compreendo e vejo a importância. Quando compartilhamos algo, seja um conselho, uma roupa ou comida, estamos recebendo em troca afeto, seja de quem foi agraciado ou até mesmo de nós mesmos. Partilhar é algo mágico, pois modifica a nossa visão de mundo, começamos a prestar mais atenção nos necessitados e praticamos a empatia.
Neste momento, o nosso país está ando por grandes desastres ambientais e algo que incendiou diversos corações foi a doação. Apesar de sermos conhecidos mundialmente como “o país do futebol e do samba”, agora podemos falar também do espírito de compaixão visto nos acontecimentos recentes. Infelizmente, a situação não é boa, mas o compartilhar e o voluntariado estão sendo algo bonito de se ver.
O filme Extraordinário, disponível na plataforma Netflix, diz a seguinte frase: “Se você tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, seja gentil”.
É um ótimo exemplo, pois há situações em que a gentileza salva vidas, uma vez que precisamos incentivar uns aos outros, além de encorajar para seguir os seus sonhos. A gentileza é uma maneira de partilhar as coisas boas da vida e utiliza diversos mecanismos de propagação, como um sorriso, um “bom dia” e ajudar.
Tem dias que só queremos um ombro amigo, alguém para dizer que tudo ficará bem ou que apenas nos escute e pergunte como estamos. Talvez não a tenha, mas você pode ser assim com os outros. Seja a pessoa que você gostaria de ter na sua vida, partilhe este pensamento até que ele se transforme em realidade.
Doar o melhor de si é o maior incentivo para continuar na caminhada da vida, pois isso devolve a esperança por dias melhores e traz satisfação consigo mesmo.
Se ver como um protagonista vai além de fazer o bem para a sociedade, é ser para si e para os outros. Temos que compartilhar coisas boas até mesmo conosco, apreciar na mente os nossos próprios feitos, ou seja, sendo gentil com nós mesmos.
Por isso, precisamos partilhar, seja o seu ombro para o outro chorar, seja para ajudar, seja para doar o seu tempo ou seja algo específico, apenas compartilhe o que você tem de melhor. Não apenas sobreviva, mas viva, faça a vida valer a pena, seja um pescador de sorrisos, levando o amor e carinho para o mundo à sua volta.
Ludimila Rezende Santos, 19 anos, é de Goiânia, Goiás. Estudante de farmácia. A jovem fez Academia Educar on-line e segue monitora do projeto e até já replicou parte da metodologia da Educar em sua cidade.