Uma clínica de estética que operava sem documentação no bairro Cambuí, em Campinas, foi fechada nesta quarta-feira (11) após uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária. O estabelecimento, localizado na Rua Coronel Quirino, funcionava sem alvará e com diversos produtos irregulares. O estabelecimento se pronunciou em nota à imprensa. “Reforçamos que temos como princípio fundamental o compromisso absoluto com a saúde, segurança e bem-estar de nossos pacientes”, diz trecho da manifestação da empresa, a MK Saúde e Estética (veja nota completa abaixo).
A ação foi conduzida por agentes da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), com base em uma denúncia anônima que indicava a atuação ilegal da clínica em procedimentos faciais e corporais.
No local, os policiais encontraram frascos de botox, ácido hialurônico e outros produtos para preenchimento facial sem procedência adequada.
Alguns estavam com prazo de validade vencido. Havia ainda suspeitas de reutilização de agulhas e seringas, o que representa um grave risco à saúde pública.
A esterilização dos instrumentos era feita de maneira totalmente ineficiente e fora das normas sanitárias, informaram os agentes no boletim de ocorrência.
Os proprietários foram autuados pelos crimes contra a saúde pública e as relações de consumo. A Vigilância Sanitária lacrou a clínica e uma perícia foi requisitada para analisar detalhadamente os materiais apreendidos.
Os dois responsáveis pelo estabelecimento foram presos sem direito à fiança.
O homem foi transferido para a cadeia do 2º DP e a mulher à cadeia feminina de Paulínia. Eles devem ar por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (12).
A empresa informou, em nota, que está colaborando com as autoridades e reforçou o compromisso com a saúde e segurança dos pacientes. A clínica disse que está tomando as medidas necessárias para esclarecer os fatos.
VEJA NOTA OFICIAL DA MK SAÚDE
A MK Saúde e Estética informa que tomou ciência, nesta data, das diligências realizadas pela Vigilância Sanitária e Polícia Civil em suas instalações. Desde então, estamos integralmente colaborando com as autoridades competentes para a completa e transparente apuração dos fatos.
É importante destacar que recebemos recentemente a documentação relativa ao caso, motivo pelo qual qualquer manifestação conclusiva neste momento seria precipitada e violaria o direito constitucional de presunção de inocência dos envolvidos.
No entanto, reforçamos que temos como princípio fundamental o compromisso absoluto com a saúde, segurança e bem-estar de nossos pacientes. Estamos tomando imediatamente todas as medidas necessárias para esclarecer os fatos, para que nossos processos continuem integralmente alinhados às normas técnicas e sanitárias aplicáveis.
Assim que dispmos de mais informações e esclarecimentos, estes serão prontamente compartilhados com a imprensa e a sociedade.
Agradecemos a compreensão e confiança de nossos clientes.