Para o caso de novas paralisações, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) formalizou, na tarde desta sexta-feira (13), pedido de liminar junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. A empresa aguarda despacho do desembargador designado.
A Emdec pleiteia manutenção de 100% da operação do transporte ou, em segunda análise, que ao menos seja determinada a operação de 70% da frota nos horários de pico e 50% nos entre picos.
A Emdec também pleiteou que seja estipulada multa no valor de R$ 50 mil, a ser aplicada ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, em caso de descumprimento.
“Queremos garantir que os usuários sejam atendidos, com o mínimo de impacto possível. A operação não pode parar, o transporte público é um serviço essencial e muitas pessoas contam com os ônibus para chegarem ao trabalho diariamente”, destaca o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Sobre a paralisação
A paralisação, motivada por pauta salarial, teve início por volta de 4h desta sexta-feira e durou cerca de duas horas. Os veículos começaram a sair das garagens em direção aos pontos iniciais e terminais a partir das 6h.
A operação foi totalmente normalizada por volta de 9h. A liberação dos veículos foi planejada de modo a evitar comboios durante a operação. Aderiram ao movimento motoristas das empresas concessionárias Onicamp, VB1, VB3 e Campibus, que operam 161 linhas municipais.
A Emdec adotou a Operação PAESE (Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente às Situações de Emergência). Vinte e três veículos do sistema de transporte alternativo, operados pelas cooperativas (Pádova, Cotalcamp, Altercamp e Cooperatas) foram direcionados para atender as linhas de maior demanda do sistema convencional, nos principais eixos.
Além disso, o horário de funcionamento das linhas do serviço “Corujão”, que circulam durante a madrugada, foi estendido: todas as linhas realizaram duas viagens adicionais.
Todos os terminais urbanos, com exceção do Campo Grande e Itajaí, foram afetados.
O maior impacto ocorreu no Terminal Ouro Verde. Os agentes monitoraram a saída dos veículos nas garagens e a movimentação de ageiros nos principais terminais urbanos e, também, nas estações Expedicionários e Moraes Salles, que concentram maior demanda na região central.