Na última segunda-feira (02), a Ponte Preta foi derrotada por 1 a 0 pelo Ypiranga-RS, no Moisés Lucarelli, em Campinas, pela oitava rodada da Série C. Ainda que a Macaca siga líder, o resultado marca mais uma derrota em casa, já que a equipe havia sido goleada pelo Brusque na última partida como mandante. Mais uma vez, o plano de jogo foi comprometido devido à expulsão: é a quarta nos últimos cinco jogos e a sétima em 21 partidas na temporada de 2025.
Além disso, o volante Dudu foi expulso pela terceira vez no ano — a segunda na Série C. O último cartão vermelho do jogador havia sido justamente na derrota em casa para o Brusque.
A expulsão comprometeu a estratégia do técnico Alberto Valentim, que se viu obrigado a reorganizar a defesa: o volante Lucas Cândido entrou no lugar do meia Serginho. Na vitória contra o Náutico, quem havia sido “sacrificado” após a expulsão foi o meia Elvis.
Mesmo com o ajuste técnico, no último minuto da primeira etapa, o Ypiranga abriu o placar. Lucas Ramos cobrou escanteio fechado e Igor Morais subiu mais do que a defesa alvinegra para marcar de cabeça — foi o primeiro gol do zagueiro pelo clube gaúcho.
Em entrevista coletiva após o jogo, Valentim destacou que houve uma conversa com os atletas sobre expulsões desnecessárias, que podem descaracterizar a proposta de jogo:
“As expulsões têm que ser analisadas, mas não vamos permitir mais. Está proibido expulsões desnecessárias. Nós precisamos melhorar isso individualmente. Condiciona o jogo sim, descaracteriza o jogo.”
Até então, a Ponte tinha maior posse de bola, embora não estivesse conseguindo convertê-la em finalizações no gol.
A expulsão
Dudu foi expulso aos 31 minutos do primeiro tempo por deixar o braço no rosto de Roger, do Ypiranga, enquanto tentava organizar um contra-ataque no campo ofensivo da Ponte. A equipe campineira reclamou muito do início da jogada, sobre uma possível falta de Roger em Dudu antes do volante da Macaca atingir o adversário. Caso a falta fosse marcada, a expulsão não teria ocorrido.
Vale destacar que não existe VAR na Série C, o que poderia ter evitado o cartão vermelho, caso a arbitragem avaliasse a jogada de forma diferente.
Além disso, já nos acréscimos do segundo tempo, em uma bola erguida na área, Gustavo Vintecinco desviou de cabeça e a bola sobrou para Everton Brito, que empurrou para o gol. Contudo, o bandeirinha assinalou impedimento e o gol foi anulado. Caso o VAR estivesse disponível, esse também seria um lance ível de revisão.
Críticas à arbitragem
Na coletiva, Valentim também comentou sobre a arbitragem. Para ele, a atuação da equipe comandada pelo árbitro Rodrigo da Fonseca Silva, do Mato Grosso, foi péssima.
“Eu odeio falar de arbitragem, porque não quero transferir responsabilidades, mas poderia ter dado uma falta antes no Dudu. Infelizmente não tem VAR, que também não gosto de comentar sobre estar impedido ou não. Não gostei.”
Ponte melhora, mas não evita derrota
Mesmo com um a menos e atrás do placar, a Ponte fez um bom segundo tempo. Everton Brito entrou no lugar de Elvis, criou boas jogadas, forçou um cartão amarelo e participou do lance do gol anulado. A Macaca finalizou cinco vezes na etapa final. Uma das melhores chances foi uma cabeçada de Lucas Cândido que explodiu no travessão.
De toda forma, embora a equipe viesse de vitória contra o Náutico, a torcida esperava um triunfo como mandante após a dura derrota para o Brusque por 4 a 1, na última partida em casa, dia 17 deste mês.
A Ponte Preta segue líder, com 16 pontos, apenas 1 a mais que o vice-líder Caxias. A equipe volta a campo no próximo dia 14 (sábado), às 17h, contra o ABC, novamente no Majestoso, buscando manter a liderança, voltar a vencer em casa e espantar o fantasma das expulsões.