O Governo de São Paulo inaugurou nesta quarta-feira (28) o serviço da Cabine Lilás em Campinas, com a expansão do atendimento especializado e humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Ao todo, 38 municípios da região de Campinas serão contemplados com o projeto. A implantação é realizada pela Secretaria de Segurança Pública.
O programa, realizado exclusivamente por policiais femininas via número 190, vai aumentar a rede de proteção das mulheres no interior paulista. Em março, no Dia Internacional da Mulher, a região de São José do Rio Preto ou a integrar o serviço, sendo a primeira a ser contemplada no plano de expansão fora da capital paulista.
O serviço pode ser solicitado pela vítima ou ser ofertado pelo atendente, caso a solicitante queira falar diretamente com uma policial. Como o atendimento é feito em uma cabine exclusiva, a vítima terá mais tempo de conversa na ligação, já que não ficará na linha com as mesmas pessoas que acionam o chamado emergencial.
Na Cabine Lilás, a vítima é informada sobre os direitos, redes de apoio disponíveis na região em que mora, acionamento de viaturas em caso de ameaça e ainda recebe orientações diversas sobre como agir em determinadas situações.
Também é orientada a abrir um boletim de ocorrência sem sair de casa, por meio do aplicativo SP Mulher Segura, sobre assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia e guarda do filho, rede de abrigo, auxílio-aluguel, além de serviços de acolhimento e atendimento à saúde.
O programa é apoiado também pela Secretaria de Políticas para a Mulher.
“A Cabine Lilás representa um avanço fundamental na proteção e no acolhimento de mulheres em situação de violência, oferecendo um espaço seguro e humanizado para o registro de ocorrências. Expandir esse serviço para o interior reforça o nosso compromisso de levar dignidade a cada mulher do Estado”, afirma a Secretária de Políticas para a Mulher, Valéria Bolsonaro.
O programa já funciona há um ano e dois meses na capital paulista e na região metropolitana. No período, mais de 7 mil atendimentos já foram realizados, com 120 suspeitos conduzidos à delegacia e 35 permanecendo presos pelo descumprimento da medida protetiva ou violência doméstica.