Atualmente, moro na cidade de Marília, localizada no interior do Estado de São Paulo, próxima ao Paraná.
Cheguei aqui em março deste ano, e o que mais me encantou foi o céu, pois era de um azul intenso! A vista da minha janela mostrava uma parte linda da cidade, aquela imagem que dá vontade de começar o dia com um sorriso no rosto e muita energia.
Mas, recentemente, ao fazer o trajeto da faculdade para minha residência, comecei a sentir que um cheiro forte exalava, porém ao olhar no entorno nada suspeito acontecia por perto.
No dia seguinte, ao recolher a roupa que havia colocado no varal, parecia que eu não tinha lavado, pois o cheiro forte exalava nas peças. No outro dia, ao tentar dormir tive que fechar a janela e ligar o ventilador, pois o cheiro forte exalava entre as quatro paredes daquele ambiente.
Então, chegou o dia de voltar para Campinas. Ao sair da cidade e pegar a estrada, adivinhem? O cheiro forte exalava, mas não só mais o odor. No reflexo dos meus olhos era possível identificar a cor vermelha meio amarelada, e estranhem! Pois, meus olhos são castanhos, infelizmente aqueles belos pastos estavam com focos de fogo.
Alguns dias depois, voltei para Marília, a situação na estrada era a mesma, a dificuldade de respirar era mais intensa.
Quando fui olhar através da minha janela, adivinhem? Não alcançava mais uma parte linda da cidade, o máximo possível que se via era o quintal do vizinho. O céu azul? Que azul? A cor mudou para cinza.
Estou a mais de 370 km da capital, mas a sensação era a mesma de estar no centro mais poluído que já pisei, São Paulo.
Lívia Campos Silva, 19 anos, é de Campinas, mas após conquistar uma vaga em Terapia Ocupacional em uma universidade pública, se mudou para Marília, interior de São Paulo. A jovem participou da Academia Educar presencialmente em Campinas e acredita que, para mudar o mundo, é preciso exercer o respeito ao próximo.