A derrota do Guarani para o Maringá na estreia da Série C foi o segundo jogo consecutivo no Brinco de Ouro que o time sofreu gol nos acréscimos da etapa final, deixou escapar o resultado e saiu de campo vaiado pela torcida.
Domingo (13), a bola bateu no volante bugrino Mateus Sarará após o cruzamento de Raphinha e o Guarani lamentou o tropeço por 3 a 2 com gol contra aos 49.
Na partida anterior em casa, em 19 de fevereiro, os donos da casa venciam o Velo Clube por 1 a 0 até os 51 minutos, quando o meia atacante João Victor errou na saída de bola e Lucas Duni balançou a rede para empatar a partida por 1 a 1.
Com o resultado, válido pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Paulista, o Guarani ficou com chances mínimas de classificação à fase final e, na sequência, foi eliminado no empate por 2 a 2 diante do Corinthians em Itaquera.
Após o jogo com o Velo Clube, o técnico Maurício Souza disse que o Guarani tinha perdido muito de sua essência em razão da falta de tempo para treinar. E no tropeço recente, apesar do contexto diferente, a equipe também fez uma partida descaracterizada de seus padrões pela necessidade de se adequar ao que Souza chamou de “jogo atípico”.
Preparação
O treinador afirmou que o Guarani dedicou a maior parte da intertemporada no aperfeiçoamento do próprio modelo de jogo, mas o foco durante uma semana foi exclusivo para a estreia na Série C devido à maneira diferenciada do Maringá jogar, baseada em “confrontos” e na “marcação individualizada”.
“O Maringá conduz o jogo a sua maneira e obriga o oponente a se formatar dentro do seu modelo. Não há espaço, nem jogo de entrelinhas ou circulação de bola. O que existe é e vertical. Eles tiram completamente o nosso conforto. Se fizéssemos um jogo mais acelerado, talvez tivéssemos melhor sorte. Em alguns momentos, conseguimos igualar e até ser superiores, mas o adversário já joga assim há muito tempo”, analisou.
Agora, o técnico espera que o Guarani possa colocar em prática na sequência do Brasileiro a formatação treinada após o Paulista. Os dois próximos jogos serão fora de casa. Domingo (20), às 16h, no Estádio Orlando Scarpelli, o adversário é o Brusque; e no domingo seguinte (27), no Estádio Centenário, o time enfrenta o Caixas-RS, também às 16h.
Sobre as vaias dos torcedores, Souza diz se tratar de uma reação natural em função da ausência de resultados.
“A gente não controla vaias e atitude da torcida. Mas só consegue mudar com vitórias. A torcida tem direito de vaiar e aplaudir. A gente prefere jogar com um ambiente mais positivo, com mais incentivo do que com ambiente hostil. Mas isso a gente vai construir a partir das vitórias. A tranquilidade acontece de dentro para fora e não é diferente no futebol.”