A vereadora Debora Palermo (PL) protocolou na Câmara Municipal de Campinas um Projeto de Lei que proíbe o funcionamento de motores de sucção durante o período de uso das piscinas e que obrigada a instalação de dispositivos de proteção em piscinas de uso coletivo na cidade de Campinas. Em novembro ado, uma menina de 9 anos se afogou no Royal Palm Plaza, em Campinas, após seu cabelo ser sugado por um ralo. A garota faleceu 11 dias depois, em 4 de dezembro. Ao menos dois outros acidentes semelhantes foram relatados este ano no país.
De acordo com a proposta da vereadora, a proibição será aplicada em piscinas de uso coletivo localizadas em praças de esportes, clubes esportivos, academias, condomínios verticais e horizontais, associações, hotéis, pousadas e estabelecimentos congêneres. O PL determina também a obrigatoriedade da instalação de dispositivos de proteção em sugadores de piscina para evitar quaisquer riscos de acidentes.
“O objetivo deste projeto é resguardar a vida e a integridade física dos usuários de piscinas de uso coletivo no município de Campinas. Infelizmente, não são raros os casos de acidentes graves e até fatais causados por sistemas de sucção em piscinas”, ressalta Debora Palermo.
Acidente
Segundo laudo da Polícia Civil de Campinas, o dispositivo de sucção da cascata que prendeu o cabelo da menina de 9 anos por sete minutos no Royal Palm Plaza estava “em total desacordo com as normas técnicas”. O acidente aconteceu no dia 23 de novembro.
Na época, o delegado Luiz Fernando Marucci, responsável pela investigação, confirmou que 40 dias antes do acidente, uma menina de sete anos prendeu o cabelo no dispositivo, mas o irmão dela logo percebeu e ela foi socorrida.
Em abril deste ano, no Distrito Federal, uma garota de 11 anos também ficou com o cabelo preso no ralo de uma piscina alugada para uma festa de aniversário. Ela foi salva após uma pessoa usar uma faca para cortar seu cabelo.
No dia 1 de fevereiro deste ano, Flaviane Dias Cumerlato quebrou a coluna cervical ao ter o cabelo preso pelo sugador de uma piscina, em uma casa alugada, em Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul. Segundo ela, o sugador da piscina a puxou com tanta força, que resultou em fraturas em três vértebras. Ela foi salva pelo marido.
Em dezembro de 2023, uma menina de 10 anos morreu após ter o cabelo sugado pelo ralo de uma piscina em um salão de festas em Campo Grande, no Rio.