Pela segunda vez na atual edição da Série B, porém com treinadores diferentes, a Ponte Preta amarga uma sequência de quatro jogos sem vitória. A primeira, registrada no início do campeonato, resultou na saída do técnico João Brigatti, ocorrida no dia 27 de maio, portanto há exatamente três meses.
O ex-comandante pontepretano pediu para deixar o clube após uma série negativa de quatro partidas que começou com empate em 1 a 1 com o Operário, em Ponta Grossa, e teve como estopim a derrota por 2 a 0 para o Ituano, então lanterna, em Itu. No meio disso, a Macaca também perdeu para o Santos por 2 a 1, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, e empatou em 0 a 0 com a Chapecoense, na Arena Condá, em Chapecó.
Desta vez, sob o comando do técnico Nelsinho Baptista, o quarto jogo de jejum da equipe alvinegra foi um tropeço contra o Operário, justamente o primeiro adversário daquela sequência ruim de maio, ainda com Brigatti. Na última sexta-feira (23), em pleno Majestoso, a Ponte frustrou sua torcida e perdeu por 1 a 0 para o time paranaense.
Desde o último dia 4, quando bateu o Avaí por 1 a 0, no Moisés Lucarelli, pela última rodada do primeiro turno da Série B, a Ponte Preta não sentiu mais o sabor da vitória. Para piorar, perdeu os 100% de aproveitamento e a invencibilidade que mantinha dentro do Majestoso com o técnico Nelsinho Baptista e completou quatro jogos sem vitória, com duas derrotas e dois empates, sua pior sequência desde a série que resultou na saída de João Brigatti, no fim de maio.
A atual sequência de quatro jogos sem vitória começou no último dia 11, domingo de Dia dos Pais, mesma data em que a Ponte Preta celebrou o seu aniversário de 124 anos. Na ocasião, a Macaca empatou em 1 a 1 com o Coritiba, no Couto Pereira, em Curitiba, pela abertura do segundo turno da Série B.
Depois disso, em seu primeiro tropeço dentro de casa desde a chegada de Nelsinho Baptista, a Ponte não ou de um empate em 1 a 1 com o Goiás. Na sequência, perdeu por 2 a 1 para o Amazonas em Manaus, antes de ser derrotada pela primeira vez dentro de casa sob o comando de Nelsinho, diante do Operário.
“Foi uma noite onde a nossa criatividade não esteve presente. Não conseguimos as ligações do nosso meio campo com nosso poder ofensivo. Não tivemos ritmo de jogo nem posse de bola para criar jogadas. Jogamos contra um time que veio marcar a gente e marcou muito bem. Quando saímos para jogar, exploravam as costas da nossa defesa e, nas entrelinhas, sobrou um espaço Não é só problema dos volantes. A nossa equipe não teve uma movimentação uniforme, como de costume”, lamentou Nelsinho Baptista, em entrevista coletiva concedida após a inesperada derrota em casa para o Operário.
“Continuamos atrás de jogadores para o nosso elenco, mas o problema é o que aparece no mercado para a Ponte, não vemos qualidade. Se for só para encher o grupo de jogadores, prefiro trabalhar com o que tenho. Têm sido oferecidos muitos nomes, mas não são melhores do que temos aqui”, justificou Nelsinho Baptista, sobre a dificuldade de trazer reforços que realmente ajudem a Ponte na sequência da Série B.
A atual série negativa da Ponte Preta, que corresponde ao pior momento da equipe sob o comando de Nelsinho Baptista, pode se prolongar ainda mais, já que o próximo adversário é nada menos do que o Santos, principal favorito ao o e ao título da Série B, que também a por instabilidade e precisa vencer para se recuperar de uma sequência de tropeços recentes. O duelo acontece nesta sexta-feira (30), às 21h, na Vila Belmiro, no litoral paulista.