A proteção de marcas e invenções ainda é majoritária entre as grandes empresas e instituições de ensino e pesquisas instaladas no Brasil. Mas micro, pequenas e médias empresas, além de pessoas físicas, também vêm aumentando a preocupação com a questão nos últimos anos. Em 2024, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) recebeu um total 444.037 solicitações de proteção de marcas, um crescimento de 10,3% em relação ao ano anterior.
Recentemente o órgão federal divulgou ranking de Depositantes Residentes de Patentes de Invenção das empresas com maior número de pedidos de registros de marcas e patentes no Brasil. A região de Campinas aparece com destaque do Top 50, o que reforça a o polo regional como um importante desenvolvedor de produtos e tecnologia.
No Ranking de Depositantes Residentes de Programas de Computador, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (QD), manteve a liderança, em 2024, com 103 registros de software realizados. A universidade Estadual de Campinas (Unicamp), teve 31 pedidos registrados (23ª posição nacional), seguida do Instituto de Pesquisa Eldorado, com 26 (36º do ranking).
Em outro ranking, o de Depositantes Residentes de Patentes de Invenção, a universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é a primeira colocada regional, com 68 pedidos registrados, na 6ª posição nacional da categoria, seguida pela Bosch 37 (19ª posição nacional) e Samsung 25 (30º nacional).
Marcelo Brandão, diretor e sócio da Vilage Marcas e Patentes Regional Campinas, explica que proteção de marcas e invenções é um mecanismo importante e necessário não apenas para multinacionais e empresas de médio e grande portes.
“O que vemos é um aumento de consciência de pequenas empresas que têm se preocupado cada vez mais com essa questão da proteção de suas marcas e para proteger seus investimentos e os negócios”, diz ele.
Os Estados Unidos lideram o número de pedidos de patentes de invenção no Brasil. No ano ado, os americanos depositaram 7 mil pedidos de um total de 25 mil, o que equivale a uma participação de 28%. Desde 2017, segundo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), os EUA vêm depositando de 7 mil a 8 mil pedidos anuais.
Os dados do INPI mostram o Brasil em segundo lugar (23%) seguido pela China (8%), Alemanha (6%) e Suíça (4%). Há dois tipos de patentes que podem ser pedidas no INPI: a de invenção e a de modelo de utilidade, que é um aprimoramento técnico de uma invenção já existente.
Entre os residentes, a liderança do ranking de registro de software, ficou com a Fundação QD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, com 103 depósitos, seguida pela Petrobrás (74).
O diretor da Vilage diz que em 2024 as empresas de Campinas tiveram 56 patentes depositadas no INPI. “Grande parte desses pedidos de proteção de patentes na cidade de Campinas foi depositada pela Vilage”, afirma ele.