A Sanasa, empresa de economia mista responsável pelo saneamento em Campinas, divulga nesta quinta-feira (27) as demonstrações financeiras relativas ao ano de 2024. Entre os recordes registrados se destacam os investimentos, lucro líquido, índice de perdas e capacidade de reservação de água tratada.
O investimento realizado no ano ado foi de R$ 394,2 milhões, novamente o maior investimento anual em 50 anos de história da empresa. Em quatro anos, de 2021 a 2024, o investimento total da Sanasa ultraou R$ 1 bilhão, valor superior aos recursos aplicados entre os anos de 2010 e 2020.
Conforme balanço da empresa, o resultado líquido dobrou em relação a 2021.”O resultado abre espaço para continuar investindo em melhorias no saneamento campineiro. O compromisso assumido de ampliar a segurança hídrica da cidade, preparando-a para enfrentar as mudanças climáticas, está sendo cumprido e segue na busca por mais eficiência e melhor prestação de serviços para a população de Campinas”, ressalta a Sanasa em nota.
“Finanças saudáveis fortalecem as possibilidades de o a crédito mais vantajoso e regular, mantendo a empresa no caminho de continuar o trabalho de satisfazer mais e melhor aos cidadãos. O lucro líquido atingiu R$ 188,6 milhões, marcando um crescimento de 68,73% em 12 meses. Esse resultado permitiu a empresa alcançar uma rentabilidade de 26,62%”, destaca o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.

Lançado em dezembro de 2021, o Plano Campinas 2030 propôs quatro linhas à cidade: ampliar a reservação de água tratada, dobrar os 450 quilômetros de troca de redes antigas por novas, investir forte na coleta, afastamento e tratamento de esgoto e buscar um novo manancial para abastecer Campinas, reduzindo a dependência da cidade em relação ao Rio Atibaia, de onde se retira 100% da água consumida.
Após três anos de anunciado, o Plano chega a 20 novos reservatórios entregues, ampliando de 142 para 190 milhões de litros a reservação de água tratada da cidade. Essa reservação – equivalente a 1 bilhão de copos de água – é suficiente para 20 horas de consumo sem captar água e sua importância é estratégica para casos de interrupção de energia elétrica no ponto de captação (mais frequentes em função do aumento de tempestades severas na região de Campinas) e prevenção de desastres ambientais, dada a proximidade do Rio Atibaia com a Rodovia D. Pedro. Os 20 novos reservatórios em operação beneficiam, diretamente, 750 mil moradores em 350 bairros, dimensiona a empresa.
“A meta de dobrar os 450 quilômetros de redes trocadas entre 1994 e 2020 foi superada: em quatro anos, trocamos 473 quilômetros em 137 bairros diferentes, beneficiando diretamente 200 mil moradores. Redes novas têm menos necessidade de manutenções e reparos, trazendo menos interrupções para os moradores de Campinas. Além disso, reduz as perdas na distribuição de água causadas por vazamentos”, salienta o presidente da Sanasa.
Campinas é a metrópole brasileira com menor índice de perdas de água: fechou 2024 com 18,02%, índice semelhante ao Reino Unido e Portugal e de grandes cidades americanas como Houston, no Texas, e Boston, metrópole de 5 milhões de habitantes.
De acordo com a Sanasa, estão dentro do prazo as obras de ampliação de três estações de tratamento de esgoto (Piçarrão, Nova América e San Martin), além da conversão da atual ETE Anhumas, a maior da cidade e que atende 450 mil moradores, em Estação Produtora de Água de Reuso (EPAR). O cronograma do novo manancial também está sendo cumprido, com estudos avançados de captação na represa entre Campinas e Pedreira, em obras executadas pelo Governo do Estado.
Manulieto aponta que a performance positiva da empresa foi refletida não apenas nos resultados operacionais e econômico-financeiros, mas também nos reconhecimentos recebidos. “No ano ado, a Sanasa ganhou o Troféu Transparência, da Associação Nacional dos Executivos (ANEFAC), que destaca as organizações que priorizam a clareza e a transparência nas suas divulgações financeiras. Conquistamos também o Troféu Quíron ESG Ouro Nível II, da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), considerado o ‘Oscar’ do setor, entre outros. Com tudo isso, vamos continuar trabalhando para avançar ainda mais”, destaca ele.