Seis escolas da Região Metropolitana de Campinas aprovaram, após três rodadas de consultas, a implantação do modelo cívico-militar de ensino a partir do segundo semestre deste ano. Em Campinas, três unidades optaram pelo programa. As outras três ficam em Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia. No total, 132 instituições aderiram – 32 além do limite fixado pelo governo de São Paulo.
O governo de São Paulo deve anunciar ainda este mês as 100 escolas escolhidas no estado.
No início das consultas, 300 unidades de ensino haviam manifestado interesse pelo modelo cívico-militar e todas elas foram submetidas a consultas públicas. Como mais de 100 escolas foram aprovadas, serão adotados critérios de desempate para a seleção das unidades. Entre eles: distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou pelo programa; número de votos válidos a favor da implantação e escolas que ofertam mais de um nível de ensino (Ensino Fundamental e Médio).
Em Campinas, a escola Orosimbo Maia, no Centro, aprovou a mudança para o modelo cívico-militar ainda na primeira consulta. Na segunda consulta, foram aprovadas a Escola Estadual Professor Messias Goncalves Teixeira, também em Campinas, no Jardim Nova Aparecida, e a Escola Estadual Yasuo Sasaki, em Hortolândia.
Na terceira consulta, cujo resultado foi divulgado quinta-feira (24) pelo governo paulista, aderiram ao modelo a Escola Estadual Professora Silvania Aparecida Santos, em Nova Odessa; Escola Estadual Marinalva Gimenes Colossal Da Cunha, em Sumaré; e Escola Estadual Reverendo Eliseu Narciso, em Campinas, no Conjunto Habitacional Ruy Novaes.
Sete escolas de Campinas tinham se candidatado às consultas públicas. Além eram candidatas Professor Aníbal de Freitas, Jornalista Roberto Marinho, Professora Maria de Lourdes Campos Freire Marques e Júlio Mesquita.
Na RMC, também realizaram consultas duas unidades de Sumaré, duas de Paulínia, duas de Hortolândia e uma de Nova Odessa. O programa cívico-militar é alvo de uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), que ainda não tem data para ser julgada.
Como será
As escolas cívico-militares seguirão o Currículo Paulista, organizado pela Secretaria da Educação. A Seduc-SP também será responsável pelo processo de seleção dos monitores e pela formação dos professores das unidades.
Caberá à Secretaria da Segurança Pública (SSP) apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou istrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
A SSP também vai participar do desenvolvimento de atividades extracurriculares na modalidade cívico-militares, organização e segurança escolar.
O processo seletivo dos policiais da reserva— será ao menos um por escola — caberá à Educação e deverá ter início após as consultas públicas. No caso de escolas municipais, a Segurança Pública deve colaborar com as prefeituras e a seleção ficará a critério das secretarias municipais.
O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O gasto com a contratação dos monitores, já considerando a expectativa de 100 escolas cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões…