É hora de tentar fazer história. Pela segunda temporada consecutiva, o Vôlei Renata está na decisão da Superliga Masculina. Neste domingo (4), o time de Campinas busca o seu primeiro título da competição. O desafio será contra o Sada/Cruzeiro, às 10h, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O duelo terá transmissão da Globo, do SporTV 2, e da CBN Campinas.
O projeto campineiro vai para a terceira final de Superliga.
A primeira aconteceu na temporada 2015/2016, disputada em Brasília. A equipe de Campinas, contudo, terminou com a medalha de prata contra o mesmo Cruzeiro. Na temporada ada, no Recife, os campineiros enfrentaram o Sesi Bauru. Daquele elenco, quatro titulares são remanescentes para essa decisão – Adriano, Maurício Borges, Lukinha e Bruno Lima. Além deles, Wítallo e Léo também fizeram parte do grupo vice-campeão na temporada 2023/2024.
“Conseguimos manter uma base do time e que ficou ainda melhor com a chegada de outros atletas, também de alto nível”, analisa o ponteiro Maurício Borges. “Isso facilitou bastante o nosso convívio. No treinamento tinha uma cobrança saudável e conseguimos cumprir esse objetivo. Estamos em mais uma final com esse time. Apesar dos altos e baixos nos jogos decisivos, nunca deixamos de lutar, de acreditar, de brigar por aquilo que a gente queria, que era chegar na final e lutar para ser campeão.”
Borges disputará neste domingo a sua décima final de Superliga, mas tem a sensação de ser a primeira. “Cada uma tem o seu diferencial e essa é uma das mais importantes da minha carreira. Foi uma temporada com um nível altíssimo em todo jogo”, diz o campeão olímpico, sem esconder o “friozinho na barriga”. “Quando eu perder isso já não preciso mais jogar”.
As novidades para a temporada foram as chegadas do levantador Bruninho e do central Judson para o time titular, além de Cris, Celestino e Davy, que também se juntaram ao elenco. Enquanto o experiente levantador vai para sua nona final, a primeira em seu retorno ao Brasil após oito temporada, o quarteto disputa a decisão da Superliga pela primeira vez na carreira.
“Manter a base do time fez muita diferença”, comentou Judson. “Eu e o Bruno chegamos para agregar, tentar somar o máximo que a gente podia e acho que alcançamos isso. Foi bacana essa nossa troca com os atletas que já estavam no time e acho que esse entrosamento tem tudo para poder fazer a diferença nessa final”, acrescentou.
Bruninho salientou também a força do adversário. “É necessário ter agressividade, lucidez e paciência para jogar contra o Cruzeiro. Vai ser uma batalha de nervos, com o jogo decidido nos detalhes. Eles têm muitas válvulas de escape, principalmente no ataque, além de um poder ofensivo muito grande, grandes sacadores e jogadores experientes que sabem o que fazer nesses momentos”, alertou. “Mas eu tenho certeza que o nosso saque é a primeira arma para tentar neutralizar um pouco esses pontos fortes do adversário”, complementa o levantador.
Na primeira fase, o Vôlei Renata fez sua melhor campanha na história, com 18 vitórias em 22 jogos. Na classificação geral, teve o terceiro melhor desempenho. Nas quartas-de-final, o time campineiro ou por ville, em três jogos, conquistando a classificação depois de estar perdendo por 2 a 0 no jogo decisivo. Na semi, o rival foi Suzano. “A gente não leva absolutamente nada para essa final, é uma nova história, um jogo diferente”, salienta Bruninho.
FINAL NA CAPITAL
Esta é a primeira vez em sete anos que o Ginásio do Ibirapuera recebe a final da Superliga. Enquanto Bruninho venceu o título na temporada 2009/2010 quando defendia Florianópolis, Judson esteve nas arquibancadas para acompanhar o Sesi contra o Sada/Cruzeiro na temporada 2017/2018 na última vez que São Paulo sediou a final da competição.